domingo, 10 de julho de 2016

A servidão moderna é uma escravidão voluntaria...


“A servidão moderna é uma escravidão voluntaria, concedida pela multidão de escravos que se arrastam pela face da terra. Eles mesmos compram as mercadorias que os escravizam cada vez mais. Nós mesmos procuramos um trabalho cada vez mais alienante que lhes é dado, se demostram estar suficientemente domados. Nós mesmos escolhemos os mestres a quem devemos servir. Para que esta tragédia absurda possa ter lugar, foi necessário tirar desta classe a consciência de sua exploração e de sua alienação. Ai está a estranha modernidade da nossa época. Contrariamente aos escravos da antiguidade, aos servos da idade média e aos operários das primeiras revoluções industriais, estamos hoje em dia frente a uma classe totalmente escravizada, só que não sabe, ou melhor não quer saber. Eles ignoram o que deveria ser a única e legitima reação dos explorados. Aceitam sem discutir a vida lamentável que se planejou para eles. A renúncia e a resignação são a fonte de suas desgraças”.

           



quinta-feira, 7 de julho de 2016

Cidadãos escravos?

Cidadãos escravos? "No sistema totalitário mercantil, nenhuma forma de exílio é possível."
A classe média ainda desfrutaria do relativamente confortável (ainda que cada vez menor) meio termo da escravidão. Os medianamente informados, seja em que classe estejam, ainda podem pensar sobre o assunto servidão humana moderna.

A miséria leva milhões de pessoas a trabalhar em troca de comida e moradia. O desespero e a fome aumentaram esse tipo de mão de obra. São pessoas que não valem nada, do ponto de vista do traficante, porque é mais barato simplesmente comprar outra pessoa do que “recuperar” aquela (em caso de doença, por exemplo), então as condições de vida dadas a essas pessoas é terrível e se elas não suportam o trabalho são simplesmente trocadas.

A extrema pobreza, a guerra e as condições climáticas tornam as pessoas presas fáceis da escravidão, como é o caso dos imigrantes ilegais e refugiados.

Considera-se escravo aquela pessoa que pertence a alguém ou a algum grupo que tem controle sobre a sua movimentação. Ela é tratada como propriedade e privada de liberdade por meio de coerção e violência, com o objetivo de explorá-la.

Por sinal — mais uma “conquista” da globalização e do neoliberalismo — o número de pessoas escravizadas cresceu 20% em relação aos 29,8 milhões em 2013. Como vemos, o vergonhoso sistema neoliberal é um paraíso. Para os grupos corporativos que exploram o próximo. E isso, para a humanidade, é uma vergonha fomentada pelo terrorismo do capital.