Escravos dos dígitos da conta bancária: quantos mais zeros melhor. Mas para que esses zeros se multipliquem, buscamos o sucesso profissional, muitas vezes privando-nos de tantas outras coisas que lá na frente nos farão falta. O trabalho é algo subjetivo e inerente ao ser humano, mas muitos trabalham sem ao menos gostar do que fazem apenas pelo dinheiro, se acomodam e não correm atrás de fazer algo que satisfaça sua autoestima, além da sua conta bancária.
Escravos dos cartões de crédito a fim de aumentar a qualidade de vida, mas que qualidade? A do consumo?
Escravos dos impostos, tributos e contribuições à sociedade para que, se possível, tenhamos saúde, educação e segurança, mas pagamos para aqueles que gastam o que não pertence a eles. Na realidade pagamos em duplicidade, pois no nosso contracheque, sem pedir licença, já vêm descontados o INSS e o IR, mas ao receber o salário vêm aquelas velhas contas caras do fim do mês: planos de saúde, escola particular, o seguro da casa e do carro e etc.
Escravos do estresse, sintoma esse diagnosticado na maioria das queixas de pacientes que vão aos consultórios médicos, escravos dos medicamentos pela propaganda de consumo, marketing influenciador da automedicação.
Escravos da mente, pois as pessoas andam depressivas, não têm controle das emoções, mantêm um comportamento decorrente das pressões da vida que priorizaram, fazendo com que mudassem seus hábitos e atitudes.
Escravos da TV, pois ao entrarmos em casa ela é a primeira a receber atenção. Um clique no controle remoto e ela já está a comunicar as desgraças do dia para que amanhã, ao sair de casa, seu medo aflore devido aos absurdos e inacreditáveis atos humanos.
Escravos tecnológicos que estão esquecendo o abraço, o beijo, o carinho, pois com a facilidade de comunicação das redes sociais as pessoas estão se distanciando de suas famílias, amizades, e dos relacionamentos em geral.
Escravos da síndrome tri hiper: Hipersensibilidade emocional: preocupa-se com a dor alheia, mas não com a sua. Hiperpreocupação com a imagem social, com medo de não ser aceito, fazendo as coisas para impressionar os outros. E hiperprodução de pensamentos: sofre-se por antecipação, por erros do passado e medo de errar no futuro…
Evolua conscientemente! Envolva-se na sua libertação. Não seja fantoche do sistema. Não deixe que ninguém roube sua coragem de ser você.
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