Fomos nós os primeiros que, já na antiguidade, lançamos ao povo as palavras "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", palavras repetidas tantas vezes pelos papagaios inconscientes que, atraídos de toda a parte por essa isca, dela somente tem usado para destruir a prosperidade do mundo, a verdadeira liberdade individual, outrora tão bem garantida dos constrangimentos da multidão. Homens que se julgavam inteligentes não souberam desvendar o sentido oculto dessas palavras, não viram que se contradizem, não repararam que não há igualdade na natureza,, que nela não pode haver liberdade, que a própria natureza estabeleceu a desigualdade dos espíritos, dos caracteres e das inteligências, tão fortemente submetidos às suas leis ; esses homens não sentiram que a multidão é uma força cega ; que os ambiciosos que elege são tão cegos em política quanto ela ; que o iniciado, por mais tolo que seja, pode governar, enquanto que a multidão dos não iniciados, embora cheia de gênio, nada entende da política.
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